Quando o ritmo de jogo intimida - Pretos 7X4 Brancos

Três jornadas depois, os Pretos voltam a conquistar 3 pontos importantes, com prémio de ultrapassar os Brancos, para uma sensacional recuperação e 1ºlugar. Trata-se, porém, de uma grande proeza, obra do Team Preto, com desta vez uma equipa no papel inferior aos seus adversários, comparado a jornada passada e ainda a ausência de Ismaiel. Após ter goleado, no passado jogo, demonstrando uma impressionante frescura ofensiva, pensou-se que poderiam quebrar o ritmo. Zé grande e Ismaiel, fora da convocatória,  os Pretos porém, montaram uma equipa muito competitiva que, sem velozes jogadores, nunca daria um minuto de descanso a qualquer adversário.

Tacticamente esquematizado em campo, estes Pretos tiveram os seus pontos fortes na mescla do meio campo entre lutadores, como André e Lotto, e organizadores, como Miguel e Luis. Na defesa, manda o André (pilar) que pouco se aventura, enquanto Lotto apoio e faz algumas transições para frente, Miguel, e Luis, faziam todo o meio campo com excelente permanência e vigília dos espaços. No ataque, nenhum ponta de lança, a maneira do Barça. Praticando um jogo de traços típicos, com bolas longas (até Miguel),  toques curtos e apoiados que marcam os novos tempos do continentalizado futebol dos Pretos. Ver jogar estes Pretos  foi quase como viajar ao passado dos "Brancos". Com mérito, os jogadores souberam correr pouco e trocar a bola para alterar a tabela de resultados. Uma equipa comunicativa e bem rodada que soube alimentar-se da energia inicial dos adversários para infligir uma derrota mais uma vez "Psicológica".

 

Em contra partida, A COMPETÊNCIA da equipa Branca mediu-se por muitos parâmetros! Não se mediu pela capacidade de um só jogador pressionar, mas da equipa pressionar de forma desorganizada, colectiva, agressiva, acima de tudo inconsistente e  pouco duradoira (durante todo o jogo). Os Brancos falharam como falharam na passada jornada... e nada mudou após estarem a ganhar por 2X0. As criticas mantém-se a todo o Team !!

 

A velocidade com que se deslocaram os jogadores Brancos foi péssimo, sem conseguir desequilíbrios individuais e  recuperações defensivas, nos contra-ataques e demais acções de jogo individualistas.

Mas a importância maior incide na  circulação da bola e a exigência defensiva que com esta se deve impor ao adversário.Tudo isso se fez com um ritmo lento: a progressão para a baliza (colectiva ou individual), o recurso ao passe atrasado para reorganizar ou para retirar a bola de zonas de pressão, a variação do centro de jogo, as muito recorrentes combinações simples e até na marcação de cantos ofensivos, procurando com isto surpreender os adversários... falhou tudo completamente!!

 

Se estivéssemos a assistir a um outro jogo carregando no botão “forward” do leitor de DVD, seria idêntico! O ritmo “asfixiou” a acção e decisão dos elementos Brancos, como com uma crise de pensamento e muita desorientação táctica! Perdem-se e querem marcar a todo o custo sem assustar Puma, numa atitude quase autista, cabeça baixa sem retrospecção/consciência.

 

Como se não bastasse, a competência colectiva foi demorando  e apimentada pelo "des-talento" da avançada Branca, de Gabi e Tó Zé. As suas criatividades e qualidades técnicas desapareceram deixando fugir a tal magia espalhada nos 1º jogos com um trio quase perfeito Gabi-Tó Zé- J. Guilherme.  Permitiu-se que com uma psicologia afectada fintasse os próprios Brancos, e foram muito  ineficazes nas acções de 1x1, 2X1... J. Guilherme também afectado pela má exibição é no entanto o que mais acredita na reviravolta tentando inverter a chicotada psicológica infligida por nós próprios e apoiado pelos Pretos.   Ao invés de outros elementos não marca tão bem atrás mas marcou a frente a contar para o resultado e/ou o psicológico.

 

Este estilo é sem dúvida desagradável. Tudo mudo depois de estarem a ganhar por 2-0, tendo tido apenas alguns momentos de menor impetuosidade. A pressão Preta envolveu o corte colectivo de linhas de passe junto à baliza adversária, convidando João a subir e largar sua defesa, sem pilar de suporte e Quim a deriva, que acabou por se aventurar fora da sua área e sofrer lesão.

Toda a organização ofensiva se fez com poucos contactos e sem encruzamentos, de cabeça baixada: a construção de jogo não existiu por falta do trio (magico!?) ou de um organizador de Team.  João sendo um pivot não pode incidir sozinho na construção, no qual saiu bolas para o meio e pouco para a lateral.

A equipa já não é um bloco - e deve recuperar rapidamente conceito relativo aos espaços, com a entreajuda, cooperação e comunicação táctica e verbal, assinalável na recuperação intensa e rápida de toda a equipa nas transições defensivas e no encurtamento colectivo que se exige quando se passa do momento atacante para o momento defensivo. Assim o faz tão bem os Pretos!

Pretos já somaram 9 pontos consecutivos alcançando  a 1ª posição  com mais golos marcados com o desafio importante de marcar posição firme na próxima jornada.