OS PRIMEIROS HEROIS

Primeira grande noite de Champions e muitas notas de destaque. Todas com um elo em comum, do colectivo ao individual, da classe da equipa e jogadores ainda buscarem o melhor espaço para se expressarem.

1. Iniciou-se o processo de reciclagem táctico-emocional dos acinzentados, versículo II (2ª edição). A equipa busca resgatar o poder de intimidação táctico que provocava nos adversários. Chave: a zona central à frente da defesa, onde, contra o Vila Verde, em vez do clássico duplo-pivô, surgiu um...trivote: João -Luis-Tó Ze, espécie de triângulo de pressão alta zonal. Ou seja, um 3x1 de rosto mais fechado na zona central, soltando mais o André (sobretudo o rato explosivo), baixando Luis, nas saídas desde trás, para pegar na bola entre o João.

Será esta, acredito, a fórmula-Champions preferencial dos acinzentados ou melhor alaranjados. O poder do músculo que só abre espaço à criatividade do meio-campo nos primeiros  22 minutos, quando os espaços aumentam e as marcações baixam de intensidade.  Rostos diferentes que, do músculo à criatividade, dão à equipa maiores capacidades de resposta às diferentes tendências pelas quais os jogos passam. O rosto inicial é, porém, o clássico das táctico-rochosas equipa nossa  na dimensão Veteranea.

2. Ontem no recinto explosivo de Vila Verde com perto de 22,5 espectadores a assistir, a constituição da equipa estava demasiada frágil. João, Luis e Emanuel foram os grandes ausentes deixando um team desfalcado com Tó Ze, Chico, André e Quim sem suplentes. J. Guilherme (lesionado) e de passagem entrou no Quinteto, limitado. Não se Manteve o 3x1, começando com a tatica do "autocarro". O quinteto partiu do multiplo-pivô para inibir a frente S. Joanense (entretanto TÓ Zé tinha esquecido as chuteiras em casa...). Mas a nota mais interessante em termos de dinâmica táctica, foi a intenção clara de limitar os estragos para subir no terreno em posse , ficando J.G. em falsa reta-guarda.  Mas em  redor da bola, pendente da iniciativas do S. Joanense, os próprios já marcavam no contador 4X0 na primeira parte . 

 Nos alanrajados, o grande desafio foi de transformar a estratégia que lhe valeu a conquista da Champions a época passada num modelo de jogo. Incutir-lhe maior cultura ofensiva em posse, sem perder a consistência defensiva que lhe garantiu o cínico titulo. Tivemos jogadores para isso?? obviamente que não... teriam dito outras nódoas.  Usando a agilidade do jogo de cintura para fugir às marcações e a fragilidade psicológica do adversário, os alaranjados souberam recuperar até aos 3X5... para depois espetar o 4X5 e nos 10 últimos segundos empatar a partida, deixando o S.Joanense desorientado.

 O risco já não era nenhum e foi  necessário upgrade atlético para transformar numa partida  fisicamente diferente, menos ágil num sentimento de Amor... pela camisola. Nos pés, temos tudo. Esta questão de projetar o valor dos jogadores no futuro foi mais fácil, mas só expondo-os a esse aumento de nível competitivo é possível responder. Com atitude, garra, fair-play e com HOMENS que se comprometeram a estarem presentes nesta ultima jornada (sem falhar como alguns palermas) : TÓ Zé que ficou F...., Chico que deixou a mecanica, Quim (prk era Domingo) e J.G lesionado Ganhamos o 3ºlugar da Taça. Fomos "1º" no campeonato e agradecemos a Organização do Vila Verde por este convívio. O Jantar de despedida foi de excelência com infelizmente 4 gatos pingados e o Tomas que contou por 1/2.

Deixo em aberto concluirmos 1 supertaça (vencedores da Taça contra vencedores do Campeonato) a ser disputado na nossa casa ou no N10 (porque tenho 1 convite:)).