Brancos com + posse bola ganha 9X5. Acinzentados sem posse bola e 2ª derrota consecutiva

Existe aqueles que dizem que a escolha do modelo de jogo está sempre dependente da qualidade dos jogadores.  Claro que a qualidade dos jogadores é importante, mas tal, por si só, não determina ou impede um modelo de jogo. Por exemplo, quando se fala da «posse de bola» dos Pretos, pensa-se logo numa equipa grande. Não é obrigatoriamente assim.

Também a dita equipa Branca pode ser «equipa de posse». O segredo para isso está em perceber que os processos de construção desse jogar serão diferentes de uma equipa para a outra ou de uma jornada para a outra, ou mesmo de um confronto para o outro (campeonato veterano) conforme as circunstâncias que a rodeiam (conjunto de factores onde entra a qualidade dos jogadores e o facto da maioria do seu tempo de jogo ser passado em organização ofensiva ou defensiva).  

 

Na passada jornada Brancos tiveram mais posse de bola e ganharam por 9X5 demonstrando que mesmo com 4 jogadores em campo a fluidez técnica permaneceu... num ritmo já imposto no 1º minuto de jogo. Nem com nova frescura de Gabi se inverteu a tendência dos Brancos.

 

No sábado, os acinzentados em confronto com Vila verde perderem os princípios de jogo que são as bases comuns para que os jogadores tivessem uma linguagem comum que permitisse expressar em campo o estilo definido. Neste caso, a posse, mais do que um modelo, uma forma de vida em campo cultivado a 5ª feira. O importante, para  estes jogos tal como já tinha acontecido no passado é não matar antecipadamente as ideias próprias, sejam elas quais forem (posse ou jogo directo com elementos de base defensivos). O segredo está em saber que os processos de construção mudam conforme o que está ao dispor e o resultado. Mas nunca devemos jogar um estilo de jogo improprio/anónimo com filosofia de querer rodar os jogadores dentro de campo quando nunca jogamos assim. Falha obviamente o setor defensivo, com elementos que aparecem de natureza nunca defensivos  criando um desequilibro posicional e sofrendo rapidamente golos. 

A parte ofensiva até teve melhor pontuação se nos referenciarmos aos ataques e as bolas que beijaram os 4 postos da baliza... mas não foi o suficiente para equilibrar a tabela de pontuação. Soubemos criar situações de golo mas não soubemos defender com pilares fortes.

Os acinzentados sabem jogar de trás para frente, quase em bloco e mudar de estratégia  a medida de uma construção coerente e dinâmica.  A sua Marca é trabalhar do sector mais recuado para a frente... sem slaloom posicional - a não confundir com compensação.

Atrás do resultado na 2ª parte, a precipitação e a impulsividade  coletiva pareceu revelar uma equipa onde ninguém se conhecia anteriormente. 

A aflição manchou o prazer de acariciar a bola com prazer!!! Espera-se melhores dias !