Em vesperas de festas de S. Sebastião Pretos abusaram nos chouriços. 7X6

O jogo tem outros chouriços, mas, nos tempos tácticos que correm, o contra-ataque é quase como uma porta-secreta para fugir a um jogo dito tacticamente equilibrado. Na passada jornada foi, um bom exemplo, disso, quando, na segunda parte, face à subida do bloco Branco, o processo de contra-ataque Preto descobriu a chave ideal para abrir essa porta-secreta com a condução chouriçada desde trás. Bastava recuperar a bola, mesmo em posições recuadas, ter um passe longo de transição lenta.... e depois ter um jogador Preto por perto, cansado e estatico da ação precedente para milagrosamente ficar com um ressalto e marcar golo. O 7X6 nos últimos 20 segundos!

Quando o jogo tem esse alimento-acelerador,  o contra-ataque desperta num ápice e fica alerta à transição lenta dada por jogadores…lentos mas com eficácia de 200% dos Pretos. Na maior parte das vezes, as equipas mais do que temer a equipa adversária, temem o que ela pode vir a conseguir fazer. Foi o que os Pretos, sem qualquer sintoma dessa transformação, sentiu e, por isso, não mexeu em nada.  

 

Mas, para perceber, os Brancos construíram  espaço. Um espaço que, mais do que conquistado, é dado pela…outra equipa (no momento de perda-recuperação da bola).  Com isso, Flavio e J.Guilherme recuaram uns metros (surgindo Gabi ou Tó Zé). Melhorou a construção de jogo, que em vez de ser feito por um central (era João) passou para dois avançados (J.G. e Flavio). Todos empenhar-se mas não tiveram acesso aos mesmo menu dos Pretos.

 

A questão, porém, coloca-se em relação ao jogo que escolheu para essa mudança: frente a um adversário que tem um início de construção muito forte vindo com 2 vitorias importantes, com Luis, Miguel e um soberbo guardião Zé Grande. Ora, ao abdicar da pressão média nesse jogo, deixaram-se  pressionar mais tarde após uma pontuação fragilizada mas avançada. Acabaram pela lógica da dinâmica do jogo por deixarem-se alcançar …recuando inevitavelmente. Ou seja, os Brancos acabaram por assumir o controlo do jogo por inteiro,  a fazer o mesmo papel de antes (pressionar, e encontrar portas de remate) só que fê-lo encontrando 2 elementos inquebraveis: os postos que tanto foram castigados e o Grande guardião ZG. Os metros suficientes para os Pretos ganharem o meio-campo nos momentos-chave do jogo. Por estes espaços, território onde mora o melhor posto de controlo do jogo, andou a tal porta-secreta do contra-ataque, que em dia de preparação as festas de S. Sebastião o melhor plano de fuga foi o chouriço frente a baliza bem guardado por Quim que pouco podia fazer.... Mas a final, o chouriço também se come e com isto os Pretos arrecadam mais 3 pontos e passam a frente da tabela classificativa.