A bola "achouriçada" congestionou Pretos a vitoria. Brancos 3X2 Pretos

No pavilhão Ançãnense, duas equipas que personificam o futebol mais eufórico de todo o Pais, no sentido táctico e musculado, sem perder técnica. É a imagem de marca do jogo dos acinzentados. Os adversários Brancos, em subida de rendimento,  fecharam bem a defender, e o maior upgrade físico das 3 ultimas jornadas esteve de lado nos Pretos .... sentimento generalizado!

Ambos jogaram, com dois guardiões, um mais fixo (Quim (B) e Z Gde (P)) e outro (Puma) pronto a entrar nas 2 balizas, sendo o mais acinzentado de todos e com menos golos sofridos. Brancos soltos a subir entrando no processo ofensivo (Gabi, Tó Zé). Eis dois elementos conhecidos do nosso futebol, agora com mais espaço para jogarem a frente, J.Guilherme em retaguarda (cada vez menos na ponta). Nota-se sobretudo João que reposicionou-se na linha defensiva e até criou surpresas no ataque com descida imediata. Com o corredor central livre, cresce como jogador em posse e tentar o remate. Marcou 1 golo importante.

 

Nas faixas, vivem falsos alas, que souberam desta vez, aproximarem-se uns dos outros. Desta vez todos conteram o resultado em vantagem sem "houla houlas" em querer muito, e perder tudo como já tinha sucedido. A parte  fisica tendencialmente igual por parte de alguns,  pois é algo lento, mas buscando espaço para meter a bola telecomandada na área e rematar, falharam muito e quem pode afirma-lo? Tó Zé, que podia ter acrescentado mais golos com falhanços incríveis. Do jogo Branco o colectivo funcionou e fez "golos de passe" com já não acontecia a muito. Mesmo sofrendo do desequilibro da entrada de Emanuel, Brancos marcaram posição.

 

A estratégia dos Pretos com jogadores "virtualmente" mais frescos tentou sempre chegar ao empate e até acelerar quando Brancos estavam mais frágeis no quinteto. Na ala, Ismaiel pouco acelerou pela direita, mais como um ala típico, apoiado pelas subidas do Luis e Miguel, mas muito inibido e sem poder de remate. Do meio campo , surge a organização criativa de Luis e Miguel apoiando a dupla atacante (Ismaiel e André). Ambos passaram o meio-tempo a procura de espaços.

 

Os “baixinhos” 

 

Está a uma derrota difícil de engolir!  Mais do que apenas pelos resultados, Lotto "rebentou como uma botija" dirá o seu colega de equipa, porém, pelo seu bom futebol praticado nas 3 ultimas jornadas tem sido um elemento fundamental na defesa. É a capacidade de elevação limitada, um team dominado por baixinhos que entregou bolas de ataque. Não é, porém, apenas único a ter rebentado. Também souberam parar, olhar e ver passar,  Ismaiel e André sem dinamite.

Na direita, abrindo espaços, explode Miguel (1, 60m.) enquanto da esquerda, menos evoluído (desta vez)a calcular o timing de entrada,  surge Lotto (1,67). Em geral quando a bola lhes surgem é na sequência de um bom passe, a solicitar um remate apanhando-o embalado vindo de trás... e desta vez bem sucedidos. Lotto e Miguel foram os únicos marcadores dos Pretos!

 

A estrutura Preta mais forte no papel, advinhava-se subidas em raide,  combinando com avançados velozes. No meio, mandaram Luis e Miguel. Procurando sempre desenhar um futebol apoiado e rápido, fazendo a bola circular a toda a largura, mas o domínio da bola fugiu dos pés. Puma foi até mesmo o melhor em campo na segunda parte, dos Pretos em aflição.

E, no final, fica a actual mensagem que nasceu em campo na noite de ontem:  Pretos : "...eles tiveram muitos chouriços no jogo anterior...",  Brancos: "... chouriços também se comem...". O bom futebol começa a ser território dos Brancos,... confirmado pela  indiscutível vitoria, com direito a pica-pau sem ter existido achouriçada!