Com o aproximar de uma jornada renhida, vão-se descobrindo novas tácticas. Ontem, depois da nova
conquista dos Pretos pela fórmula-encaixe que mudou a face
vencedora do melhor futebol de Ançã (dando-lhe mais
versatilidade em termos de sistemas), nos "Coletes" assiste-se a uma
mudança de ciclo.
Após quatro jornadas passadas, surge o remodelado Preto a resgatar pontos que lhe fugia.
Por isso, o distanciamento das ideias
de jogo entre Pretos e Coletes são interessantes de analisar. Montam, como é
tendência , o 3x4x1 sem extremos, mas
nota-se nesta nova formula Preta uma tentativa mais sólida de tentar atacar a
dimensão do campo de forma mais racional, algo que os Coletes não conseguiu neste ciclo de jogos .
O actual 8 espelha a
tradicional aposta de um ataque organizado. De todo o 8 base,
só dois jogador não ultrapassa os 30 anos. É o Nando (com 29) de Parabéns ontem.
Respeitando quase o seu lado mais adulto de jogo, dêmos-lhe o controlo
do corredor central. Desta forma, tenta compensar a falta que
ainda se fazia sentir dum dos melhores nº5 Pretos (João-capitão, que
foi para a procura de mais estímulos, ainda.. :) .).
Na primeira parte os Coletes pegaram
em muito no jogo, que são os ensinamentos de quem joga a bola e não adormece quando toca o sino da igreja. No seu modelo, desrespeita um pouco as bases da tradicional
escola ao não incutir uma dogmática “cultura de posse e
circulação” (quando foi defrontar os Pretos levava uma percentagem média de
36% de posse em todos os jogos do nosso campeonato). Para este efeito, Pretos sofreram rapidamente o primeiro golo após uma saída "ar-riscada" do Quim e pouco tempo depois, num livre Ricardo cabeceia com toda a vontade para fazer o 2 X0.
O futebol dos Pretos, acordado mais tarde pela electrocussão é mais multi-versátil
no sentido da “verticalidade do horizonte em 3 D de jogo”, dando a sensação de ser uma
equipa que se sente mais confortável a aproveitar a posse de bola, com mudanças de
velocidade dos alas.
Meteu-se João-capitão a central, que levando a bola como um avançado
técnico-esguio na frente deu o primeiro golo aos Pretos. Nova
profundidade (e confiança) no meio-campo a uma dupla de interiores que
joga muito: a bola que parecia estar a cair numa
intensidade de jogo mais alta deu um novo impulso de mudança de
velocidade através Maleiro que entrou para dentro e aponto o 2ºgolo. Ao futebol de ambas as equipas, entre os quais se espera sobretudo o
crescimento de Maleiro, 21 anos, um miúdo com toque de bola e visão de
jogo ainda frágil podia ter oferecido um golo se tivesse levantado a cabeça.
“INTENSIDADE TÁCTICA INDIVIDUAL AO SERVIÇO DO COLETIVO”
O talento mas sobretudo a paciência mas ainda FUNDAMENTALMENTE a COMUNICAÇÃO, essA, apareceu, e notou-se nos
jogadores melhor mobilidade. Cresceu-se no jogo com a “cabeça solta”, gostando de
ter a bola, procurando-a e não se limitando a esperar por ela. Num novo cenário de “agressividade táctica”, os Pretos chegaram ao empate 3X3 e meteram mais
velocidade de processos nos espaços. Foi uma questão de “intensidade
táctica colectiva” que, depois, tem “transfer” para algo de individual ao serviço do grupo.
Os Pretos tiveram mais essa vocação,
no estilo de jogo, do que os "Coletes". Não esteve em causa a
qualidade de jogo, esteve em causa a competitividade desse jogo que se tornou a um ritmo desejado com um hardware funcional PRETO.
Os ensinamento de jogar com 8 elementos mais 3 no banco já não passou da mesma forma nessa missão porque ontem as
bases de crescimento dos jogadores foram outras... A gestão foi otimizada Por isso, o papel desta
gestão que cresceu e da maturidade de Pedro, por exempolo, com vontade de dar o seu contributo a equipa, deixou com fair-play o seu lugar pouco aquecido. Ele como recém jogador torna-se um elemento importante, sem
mexer no seu estilo, mexe nas mentalidades menos desenvolvidas. Zé Manel, homem (bom) dos S.O.S foi também um elemento que se aproximou do futsalquinta mas que (in)felizmente tem apenas esse papel, por enquanto.
Os Pretos definiram onde o deviam fazer. Jogar sem recuar e pensar o jogo. Maleiro marcou, E decresceu na partida mas aliviou com os seus piques. Na ultima linha do acontecimento do jogo (59'), um alivio de bola e de resultado marcou a depressão dos Coletes através de um corte malventuroso de Ricardo que acabaria de cortar uma linha de passe. De guardião-jogador para seu próprio guardião foi o contra-pé ideal para dar vantagem aos Pretos. Poucos minutos passavam da hora quando ainda Ricardo foi um dos protagonistas do 5º golo: de uma bola bombeada pelo o ar no meio campo Preto, J.Guilherme conseguiu elevar-se como uma águia para cabeceamento, de uma bola que sobrevoou André, Nando e Ricardo em ultima posição, qando J.G, num arranque poderoso/explosivo ultrapassou todos os protagonistas da jogada,... quase derrubado por Ricardo que nada consegui fazer. Uma ação quase individual que ainda tabelou no Maleiro e desta vez, inteligentemente, devolveu a J.Guilherme para sentenciar o jogo final desta jornada.
No final, regamos a vitoria com um excelente momento proporcionado por nosso amigo Nando. PARABÉNS
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PARABÉNS NANDO - 29 ANOS |