Os Pretos podem mudar o seu sistema
preferencial por várias razões mas quando o faz para defender melhor,
raramente consegue depois manter os seus habituais princípios de jogo
ofensivos mais perigosos. O problema não está na postura mais defensiva
(o que também poderia fazer dentro do sistema habitual). O problema está
no facto de com aquela mudança os jogadores ficarem em posições
totalmente diferentes daquelas que tiveram rotinados no sistema da semana passada para pós-recuperação da bola lançarem o ataque/contra-ataque.
Até defenderam muito bem atrás da linha da bola, mas
retirando-lhe as referencias para as saídas rápidas, com transições exageradas em
profundidade o "avançado" centro, perdeu a raiz dos seus princípios ofensivos
que deu fruto no jogo anterior (ver cronica) . Os Pretos iniciaram bem a ganhar por 4X1 e sofreu o segundo golo empurrando o Miguel (lesionado) a baliza. Uma bênção para marcar mais, mas.... Mudaram o sistema
habitual de jogo no decorrer do tempo, em nome da estratégia ultra-ofensiva, que causo o inicio de
descaracterização da personalidade global da equipa. Foi então que apareceu um jogo quase temático - apontar quase sempre para o meco "Miguel", de preferência com a biqueira da chuteira - e o objetivo foi alcançado em detrimento de um resultado que estagnou.
Os Vermelhos a beira do colapso integraram no modelo de posse de bola e transformaram o seu futebol. Houve, colectivamente, um
entendimento de qual a melhor forma de explorar/ lidar com o seu estado
físico (e suas limitações sem guardião). Exibiram o mesmo poder de arranque quando pegaram na bola colocando por muitas vezes Quim a prova de bala. Agarrou, recebeu, segurou, passou, e voltou a
procurar local para marcar. Tornou-se um Team de posse afundando repentinamente o seu adversário. Transições rápidas de trás para a frente adivinhando vezes sem conta a estratégias do jogo direto dos Vermelhos criando todos os desequilíbrios a defesa.
Foi claramente, um jogo estranho com perfis diferentes, mais adaptado
às limitações em fases de jogo. Menos arranques para uns, mais
temporização em posse para outros. Adaptações de estilos que pareceram quase uma
lapidação do estado físico aculturado a outros modelos de jogo, num
nível que tornou a partida desigual as outras.